Escola se adapta a um novo recomeço

Estudantes da Educação Infantil e do Ensino Médio retornam à sala de aula de forma gradual, em setembro, seguindo os protocolos de higiene e distanciamento social para prevenir o contágio do coronavírus. Papel do professor é evidenciado, tanto no ensino remoto quanto no presencial

Aos poucos, o Colégio Gaspar Silveira Martins retoma as atividades presenciais, de acordo com os protocolos de segurança e distanciamento social por conta da pandemia do coronavírus. Desde o dia 22 de setembro, os estudantes da Ensino Médio começaram a participar das aulas presenciais, seguidos da Educação Infantil, que retomou as atividades em 29 de setembro.

Segundo a coordenadora pedagógica do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º do Ensino Médio, Cristiane Bencke Fengler, as aulas presenciais estavam sendo aguardadas com muita ansiedade pelos estudantes. “Os alunos estavam com saudade de voltar. Foi possível perceber o brilho nos olhos de cada um, quando retornaram às atividades”, observa.
Durante o período em que os estudantes ficaram afastados da escola, a instituição ofereceu o suporte aos alunos, que tiveram que se adaptar aos novos métodos de ensino. Os professores fizeram uma preparação para que as aulas fossem adaptadas ao sistema remoto. “As chamadas de vídeo e as avaliações foram realizadas em um horário pré-definido, já as outras atividades foram disponibilizadas na plataforma com prazo de entrega. A escola adotou esta flexibilidade”, salienta a coordenadora.

REFORÇO
Uma das ações do colégio durante a pandemia foi a criação de um grupo de apoio para os estudantes. Por meio dele, são realizadas atividades mais lúdicas no processo de aprendizagem e alfabetização dos alunos da Educação Infantil e suporte de apoio e organização para os estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental até os do Ensino Médio.
A coordenadora pedagógica adianta que, nas duas primeiras semanas de janeiro de 2021, a instituição também irá oferecer aulas de reforço para os estudantes interessados. “Faremos o possível para suprir estas lacunas e tentar compensar as atividades que não foram realizadas neste período”, destaca.
Cristiane avalia que o papel do professor e dos pais foi fundamental durante as aulas remota. “Mesmo a distância, o professor oferecia o suporte, mas eram os pais que estavam todo o tempo ali, para apoiar os estudantes”, destaca.
A orientadora educacional e coordenadora do turno inverso, Roseli Baron Nagel, afirma que este período também foi importante para que os filhos conhecessem mais os pais e vice-versa, já que as famílias tiveram participação ativa nas atividades. “Eles nunca estiveram tão próximos dos pais, como neste tempo, assim como os professores que redescobriram os seus alunos”, salienta Roseli.

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O papel do professor no processo pedagógico e emocional dos estudantes
Além da participação ativa da família, os professores também tiveram que se adequar a esta nova realidade, para dar suporte pedagógico e emocional aos estudantes, que sofreram impacto com a mudança de comportamento, em consequência da pandemia.
A coordenadora Cristiane Bencke Fengler observa que os professores foram se aprimorando no decorrer do processo e tiveram que se reinventar para despertar a atenção dos estudantes. “O desafio foi muito grande, mas o aprendizado foi ainda maior”, avalia.
Segundo a coordenadora da Educação Infantil ao 4° ano, Priscila Maggioni, no início, os professores tiveram muitas dúvidas de como seria este retorno dos estudantes, para garantir que as crianças se sentissem acolhidas. “Os professores tiveram a preocupação de preparar as aulas remotas e as presenciais, pensando em várias situações, inclusive adaptando a casa como um laboratório de aprendizagem”, observa.

Crédito: Taiane Kussler/Folha do Mate

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